Estivesse o Petê na oposição, decerto acusaria a candidata precoce de crime eleitoral.
A gana de Falcão (continuo achando que falta uma cedilha aqui...) é exatamente contra quem saiu em defesa do país, quando eclodiu o escândalo do mensalão. Sem oposição parlamentar estruturada, fato bem lembrado pela vice-presidente da Associação Nacional de Jornais, Judith Brito, criticada por ele, coube à mídia fazer-se a voz da população, clamando por justiça. Ademais, que fique claro que nas verdadeiras democracias, a imprensa exerce - e deve mesmo fazê-lo - a prerrogativa de ter opinião própria, como a têm os cidadãos, individualmente, a favor ou contra o governo, conforme fatos determinados ou por marcada posição ideológica, sem que isso represente manifestações de subserviência ou antagonismo sistemático.
Aliás, jornais à esquerda manifestam abertamente sua opinião editorial e não são criticados por isso. Já os de centro ou de direita são constrangidos a não expressá-la. Curiosa, essa democracia...
Aliás, jornais à esquerda manifestam abertamente sua opinião editorial e não são criticados por isso. Já os de centro ou de direita são constrangidos a não expressá-la. Curiosa, essa democracia...
Mas fato é que o Brasil transformou-se, lamentável e perigosamente, no país de um partido só. Há dez anos, a fogueira das vaidades (predominante nos partidos maiores) e o descompromisso venal (praticado pelas pequenas legendas) têm aberto campo para a autocracia do Petê. A estrela vermelha fala sempre mais alto e, de um jeito ou de outro, no verbo ou nos cobres, cala a todos, a qualquer custo.
Por pavor de perder o poder, já que outras coisas como a vergonha e os limites se foram há tempos, essa esquerda nociva tenta inverter a lógica e credita a seus opositores a responsabilidade por termos hoje uma política desqualificada. E ainda alertando que eles - os opositores - devam ser combatidos, sob pena de descambarmos para 'o nazismo e o fascismo', extremos que seu partido, o mais corrupto da história do Brasil, finge arvorar-se em combater.
Em suma: existem dois pontos importantes claramente defendidos pelo bando de Lula: o controle da imprensa e o amordaçamento do Ministério Público. Some-se a isso uma intensa campanha desarmamentista, curiosamente defendida por gente que se armou, no passado, contra o próprio Brasil. Veja-se bem: sem imprensa, sem MP e sem armas, e ainda com a miséria controlada doutrinando a consciência e o sufrágio de milhões de brasileiros nos mais variados rincões, somos presas fáceis para o totalitarismo de um reich petista a perder de vista.
Nunca, na história desse país, estivemos tão carentes de heróis, que possam nos devolver, minimamente, um estado de direito. E agora, quem poderá nos defender?