quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Carpe diem, mensaleiros!

  
Saíram as penas dos contemplados do mensalão. Os jornais de hoje dão, com pompa e circunstância, os recessos em relação ao convívio com a sociedade a que foram condenados os mensaleiros, mais ou menos como se divulgam os ganhadores do Oscar ou de prêmios tão importantes quanto. Para cada condenado consta a sua devida temporada no spa xadrez, recompensa merecida pela desfaçatez com que trataram o Brasil e os brasileiros.

Façam bom proveito, todos eles. Quem sabe uma longa higiene mental, uma reavaliação de conceitos e valores (essa deve ser mais difícil) ou, talvez, um carteadozinho de vez em quando, para passar o tempo.

E toca o bonde, que o Petê tem mais para mostrar: mal acabou esse escândalo, já tem outro na rua, para ilustrar o jornal nosso de cada dia, nesse final de 2012. O 'Rosegate', assim denominado até que surja inspiração melhor, promete muita emoção e, como de praxe, uma nova enxurrada de lama. Seja para nos divertir, ou para tentar, uma vez mais, mostrar a quem ainda não conseguiu ver - ou teima não enxergar - o que é o bando da estrela vermelha.

O fim do mundo não era só chacota em cima do calendário Maia. Ele chegou mesmo, pelo menos no âmbito do lulopetismo.

   

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tende piedade de nós

  
Para refletir.

O presidente do Petê, comentando as penas dadas aos mensaleiros condenados pelo STF, inclusive com relação às multas que terão de pagar, afirma que 'nenhum dos companheiros enriqueceu pessoalmente'. É verdade: enriqueceram em grupo. Se em benefício próprio ou em prol do partido, é o que menos importa. Agora, os petistas vão correr o chapéu para catar caraminguás que somem quase R$ 1,5 milhão para pagar o que determina a sentença. Já começaram a chorar miséria. Tão mais rápido consigam juntar a quantia, se poderá aferir quão expressivo foi o saque do bando aos cofres públicos.

E o ministro da Justiça revelou que, a permanecer preso por longo tempo, preferiria morrer. José Eduardo Cardozo comete um ato falho na crítica ao sistema penitenciário, que acusa ser 'medieval'. Isso porque parece ignorar ser o responsável atual pelo gerenciamento do sistema prisional, e que seu partido detém o poder há dez anos sem ter movido uma palha sequer para mudar os fatos, apesar das promessas midiáticas de resgate de um mínimo de dignidade para as nossas cadeias.

Seria a bravata ministerial, proferida num seminário em São Paulo, uma demonstração de solidariedade para com seus companheiros prestes a serem confinados? Compaixão apenas, ou medo de ser atingido, também, de algum modo?