segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Respeito é bom




Mesmo para quem não assiste ao 'Big Brother Brasil', é impossível ficar indiferente aos acontecimentos. Os jornais - e não apenas os sensacionalistas - remexem dia após dia e a revista semanal mais importante do país, a Veja, traz uma capa emblemática sobre o assunto. A foto (de uma mulher de biquíni, de costas, com uma tarja preta cobrindo parcialmente a parte de baixo), tal como lida pelas pessoas que se julgam, além de antenadas, também conscientes, dá o recado, curto e grosso, em sentido amplo, não restrito àquele dito vulgar tão conhecido: ah, 'tem dono', sim.

A disseminação de episódios chulos, nos quais os participantes do programa são instados a beber (e só não o são a se drogar, porque aí seria o fim do mundo...) para liberar a autocensura e dar vazão a todo e qualquer tipo de instinto mais primitivo diante de qualquer um e todo mundo, é duplamente financiada. Pelo público - que paga para subscrever a transmissão pelos canais por assinatura e também para 'votar' (será que é o público quem escolhe mesmo?) nos 'eleitos' - e pelos gordos patrocínios dos anunciantes-masters. Estes, por sua vez, cevam seu caixa com a venda de seus produtos ao mesmíssimo respeitável público, nos supermercados da vida. Ou seja: os senhores telespectadores, direta ou indiretamente, estão bancando o deplorável espetáculo.

A esquerda, dona do poder, agradece. O pão, insiste o noticiário econômico, tem vindo pelo 'aumento real de renda do povo'. O circo, por sua vez, está definitivamente montado - inclusive não falta quem 'arme o pau da barraca' em pleno picadeiro. Que país feliz, este em que vivemos...

E toca o bonde, que em 2012 tem eleição e o mundo se acaba dia 21 de dezembro - segundo os Maias, à exceção do Cesar.

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário