quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Brasília, tremei! Começa a devassa no âmago do governo mais corrupto da história do país



1º dia

'Tenho mais o que fazer.' (Lula, à imprensa, quando questionado se acompanharia o desenrolar do julgamento do mensalão)









Logo na abertura dos trabalhos do primeiro dia do julgamento da Ação Penal 470 (nome técnico do processo do mensalão), seguindo uma tática legítima de defesa que, porém, põe a nu a absoluta ausência de bússola moral do ex-ocupante da pasta da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, advogado do ex-presidente do Banco Rural, José Roberto Salgado, tentou uma manobra para desmembrar o processo e conduzir a grossa maioria dos acusados para julgamento em instâncias inferiores. A proposta decerto arrastaria o julgamento dos envolvidos à beira de eventuais prescrições, conforme a lentidão dos ritos, individualmente. E já tinha sido debatida pelos ministros do STF antes, chegando-se à conclusão de se dever manter o processo em conjunto, dada a interligação das acusações. Percebida a tentativa, por 9 votos a 2 a questão de ordem foi rechaçada, porém deixando, como prejuízo, um dia inteiro de trabalho perdido numa improdutiva masturbação mental - sem direito a clímax - sobre o tema.

Mas ficou o registro: por trás dos argumentos da inconstitucionalidade (de se julgarem, no STF, réus sem direito a foro privilegiado) e da possível negação, a eles, de defesa futura, uma vez que julgados de primeira em instância máxima, passou indisfarçável a (primeira) tentativa de tumultuar o julgamento.

A propósito, a frase de Lula, no começo, exprime o medo indizível, disfarçado de desdém debochado. Mesmo não sendo ele, o inquestionável cabeça do esquema, diretamente alcançado pelo julgamento.

O Petê está com medo. E o Brasil segue confiante que a justiça se faça.

   

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